segunda-feira, 15 de março de 2010

Escrita Criativa

Os alunos do 6º A e C elaboraram mais uma actividade de Escrita Criativa na aula de Língua Portuguesa, desta vez sobre o tema O Vento. Aqui ficam os dois melhores textos das duas turmas, acompanhados das imagens também criadas pelos alunos. Lá diz o velho ditado que Palavras Leva-as o Vento mas neste caso é o Vento que deixa aqui as suas palavras.





Eu sou filho do Sol e da Lua


Olá eu sou o Vento, vou contar-vos as minhas tarefas quotidianas e como fico quando estou de bom ou mau humor.
Quando vem o Verão fico muito mais fraco, pois o calor deixa-me com menos energia e então refugio-me na minha gruta onde hiberno.
Por vezes as pessoas dizem: “Esta brisa sabe mesmo bem, está tanto calor!” Sou eu quando respiro enquanto durmo!
Quando estou de bom humor e acordo no meio do Verão, brinco com as crianças ajudando-as a lançar o papagaio de papel e também refresco um pouco mais as pessoas que estão a desfrutar as suas férias e ainda aqueles que trabalham arduamente nos campos.
Também vou passear. Vou dizer-vos onde me podem encontrar, vou até ao alto mar ver os meus grandes amigos golfinhos a saltar de onda em onda e aproveito para pôr a conversa em dia. Mas no Inverno, quando estou de mau humor, penso que é a minha vez de fazer patifarias, então sopro muito forte, até meter medo às crianças e por vezes também aos adultos. Nos momentos em que me encontro mais revoltado, chamo os meus amigos, Chuva e Trovoada para fazermos mais tempestade.
Quando neva e as crianças brincam com ela eu assisto às suas brincadeiras e até me rio com os bonecos engraçados que eles fazem. Tudo isto que faço no meu dia-a-dia faço-o por prazer porque, assim, relembro quando era jovem e brincava com os meus colegas.
Aquilo que mais me alegra é quando a minha mãe “a Lua” vem dar as boas noites ao meu pai”o Sol”.

Autora: Beatriz Munhoz 6ºA



O Vento

Eu sou filho da lua e do sol.
Sou puro como o céu, sou puro como o mar. Conheço toda a gente, todos os sítios, todos os lugares. A minha terra é o mundo e posso estar em qualquer lugar.
Com a minha força não derrubo a felicidade, nem mato a ignorância, mas com o meu poder, posso destruir casas, lares e lugares peregrinos.
Ao mesmo tempo posso saber tudo, como também não posso saber nada.
Eu sou tão poderoso como um leão, mas também me posso manter calmo e sossegado como uma tartaruga.
As vezes sou tão barulhento que as pessoas fogem cheias de medo para os seus lares. Eu sou como uma pomba branca que sobrevoa pelo ar. Eu não consigo estar parado um segundo, embora, quando estou em casa, tenho que estar a descansar por um tempo, para que a minha mãe tão amada por mim, a Lua, brilhe mais do que uma estrela, e que dê luz a noite.
De manhã, o meu lindo e tão perfeito pai, o Sol, enriquece e dá luz a mais um dia de vida.
A minha história não acaba aqui, vou continuar a dar o meu melhor à Natureza.

Vanda Daniela Osório Pereira, nº17, 6ºC



O Vento


Eu sou filho da Lua e do Sol.
Adoro os meus pais. Passo o dia todo a brincar e eles não se aborrecem.
De manhã, nada melhor que um cafezinho para acordar, feito pela minha mãe Lua, ainda um pouco despenteada e dormitando com sono.
Saiu da minha pequena gruta e vou ajudar o meu pai Sol a arrancar umas árvores e levá-las para casa para nos aquecermos no Inverno. O meu pai já não é novo, tem muitos, muitos anos e por isso, não consegue carregar coisas pesadas e grossas.
Quando acabo, não espero tempo nenhum, saio novamente à rua e vou brincar com os meus amigos animais: com a tartaruga vagarosa, a raposa saltitona, a chita vaidosa, o leopardo comilão, o galo pianista e o sapo cantor. É com eles que brinco quase todas as manhãs junto ao parque da aldeia, depois de ajudar o meu pai.
Já cheio de fome corro para casa e almoço junto dos meus queridos pais. De seguida saio e vou à montanha apanhar ar livre, saudável e caloroso, porque neste tempo de Verão só se esta bem nas montanhas.
À noite vou para casa, janto e adormeço junto à janela do meu quarto pequeno, sujo e desarrumado com tanta tralha que eu levo para lá. Apareçam por lá um dia destes, terei todo o gosto em vos receber.

Regina Cardoso Rodrigues, nº14, 6ºC




Eu sou filho do Sol e da Lua


Se já repararam eu só tenho o meu pai ou a minha mãe alternadamente: de dia tenho o meu pai e de noite tenho a minha mãe.
Às vezes as pessoas pensam que estou furioso, mas não, sou só eu que tenho muita força e não me dou conta quando faço asneiras ou destruo coisas. Eu apenas quero brincar, afinal os meus únicos amigos são: o meu pai, a minha mãe e a grande mãe, ou seja, a mãe Natureza. Mas eles estão sempre ocupados e sinto-me só e então improviso brincadeiras.
Quando estou aborrecido dou um passeio, corro ou então dou voltas no mesmo sítio. Mas tudo tem consequência: ando, levanto ondas; corro, destruo casas, dou voltas no mesmo sítio provoco furacões que destroem plantações de muitos meses de carinho e trabalho. Mas a culpa não é minha, já vos disse, eu aborreço-me e tenho de fazer alguma coisa.
Ultimamente tenho feito novos amigos, uma menina chamada Chuva, outra chamada Trovoada e outro chamado Granizo.
Nós brincamos muito de noite mas a mamã diz para nós não exagerarmos, senão põe-me de castigo…
E é assim a minha vida, poucos amigos, muita diversão mas com muito cuidadinho.
André Machado, nº4, 6ºA








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